Ford decide parar de produzir carros no Brasil

A Ford do Brasil emitiu um comunicado e disse que encerrará a produção nas plantas de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e da Troller (Horizonte, CE) durante o ano de 2021. Em comunicado oficial, a empresa cita que a pandemia aumentou a capacidade ociosa da indústria. Também fala em forte redução nas vendas e em anos de perdas significativas.

A empresa informa que manterá no Brasil sua sede administrativa, o centro de desenvolvimento de produtos e seu campo de provas. A montadora garante que continua comprometida com os consumidores da América do Sul com produtos como a picape Ranger e outros modelos icônicos, além manter planos de lançar novos veículos nos próximos anos, em sua maioria conectados e eletrificados.

 

 

Ford quer mudar linha de produtos

 

Apesar da notícia triste, a Ford adota um discurso otimista. A marca garante que terá um portfólio empolgante de veículos conectados, cada vez mais eletrificados, que incluem SUVs, picapes e veículos comerciais. Os modelos para atender o Brasil, agora, serão provenientes da Argentina, Uruguai e outros mercados. Isso significa que EcoSport e Ka, até então nacionais, deverão vir de outras regiões do Mercosul, como faziam com o Focus, caso a empresa futuramente decida mantê-los em nosso mercado

A Ford promete uma linha global de produtos, na qual se inclui a renovada safra da picape Ranger (produzida na Argentina), a nova Transit, o Bronco e o Mustang Mach 1 – além de dizer que vai acelerar o lançamento de diversos modelos e versões conectadas e eletrificadas.

Ford Bronco Sport 2021
Ford afirma que mantém planos de lançar Bronco Sport no Brasil apesar do fechamento de plantas
Crédito: Divulgação

A empresa diz, ainda, que manterá assistência total ao consumidor com operações de vendas, serviços, peças de reposição e garantia para seus clientes no Brasil e na América do Sul. A empresa também manterá o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, o Campo de Provas, em Tatuí (SP), e sua sede regional em São Paulo.

Ainda na questão econômica, a companhia informa que irá trabalhar imediatamente em estreita colaboração com os sindicatos e outros parceiros no desenvolvimento de um plano justo e equilibrado para minimizar os impactos do encerramento da produção – afinal a decisão irá afetar a vida de milhares de colaboradores.

 

Reestruturação completa

 

No caminho contrário, a marca informa que já se move rapidamente para “transformar seu negócio automotivo”, com a simplificação e modernização de todos os aspectos da empresa; e “crescer alavancando os pontos fortes já existentes, desafiando o negócio automotivo convencional e realizando parcerias para expandir eficiência e conhecimento”.

“Quero enfatizar que estamos comprometidos com a região para o longo prazo e continuaremos a oferecer aos nossos clientes ampla assistência e cobertura de vendas, serviços e garantia. Isso se tornará evidente ao trazermos para o mercado uma linha empolgante e robusta de SUVs, picapes e veículos comerciais conectados e eletrificados, de dentro e fora da região”, garante Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul e Grupo de Mercados Internacionais.

 

O executivo, além da confirmação da produção da nova geração da Ranger, da chegada do Bronco, do Mustang Mach 1 e da Transit, explica que a Ford também planeja anunciar outros modelos totalmente novos, inclusive um veículo híbrido plug-in – que deve assumir o posto deixado pelo Fusion Hybrid, aposentado do mercado brasileiro no ano passado.

 

Como ficam as fábricas?

 

A produção será encerrada imediatamente em Camaçari e Taubaté (responsáveis pela fabricação dos atuais EcoSport, Ka e Ka Sedan, entre outras peças e motores). Será mantida apenas a fabricação de componentes por alguns meses para garantir disponibilidade dos estoques de pós-venda.

A fábrica da Troller em Horizonte (CE) irá operar até o quarto trimestre de 2021. Como resultado, a Ford encerrará as vendas do EcoSport, Ka e T4 assim que terminarem os estoques. As operações de manufatura na Argentina e no Uruguai e as organizações de vendas em outros mercados da América do Sul não serão impactadas.

A empresa norte-americana, porém, garante que irá facilitar alternativas possíveis e razoáveis para partes interessadas adquirirem as instalações produtivas disponíveis.

Em decorrência desse anúncio, a marca prevê um impacto de aproximadamente US$ 4,1 bilhões (cerca de R$ 22,5 bilhões) em despesas não recorrentes, que incluem cerca de US$ 2,5 bilhões em 2020 e US$ 1,6 bilhão em 2021.

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